16 de julho de 2010

Aos braços de Morfeu

- Exausto com o trabalho corro ao leito, repouso de meus membros tão cansados; Mas corre a mente agora o curso feito, estando o labor do corpo terminado. - A voz dele soou macia e envolvente, domando com facilidade meus pensamentos. - Lá de onde eu moro, agora, o pensamento parte qual peregrino a ti buscando, e mantém meu olhar alerta e atento pra escuridão que o cego vê, olhando;  - A entonação aveludada dele somada ao efeito sutilmente melancólico de cada palavra, foram me puxando para a fronteira do inconsciente. - Em fantasia, minha alma cegada à vista sem visão teu vulto traz, que, gema em noite terrível mostrada, faz linda a noite e seu rosto refaz. - Senti-me sendo entregue às mãos do sono, mas ainda assim, de algum jeito, atada ao soneto. - E assim, ao dia o corpo, à noite a mente. Por ti e por mim mesmo paz não sente. - Ouve silêncio. 


Soneto 27 - Shakespeare.

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2 comentários:

  1. Adorei! Muito bonito mesmo...
    Será que podem seguir meu blog?

    http://primeiro-livro.blogspot.com/

    Muito obrigada,

    *Amanda*

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  2. Nossa que lindo,
    eu acho shakespeare,
    estou lendo romeu e julieta.
    Será que ele era tão romantico o tanto quanto o que escrevia ?
    Beiijinhos.

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Depois de ler minhas palavras, me encontro ansiosa para ler as suas! ;)